As populações já conhecem o rio pelas piores razões e nesta altura do ano atribuem a poluição mais visível ao funcionamento da fábrica de tomate em S. João da Ribeira, concelho de Rio Maior, mas também às pecuárias que, ao longo do curso de água, lançam os seus efluentes directamente para o rio.
Se junto à fábrica de tomate a água corre castanha – e basta subir uma centena de metros a montante para a água parecer cristalina quando comparada com a que corre mais a jusante - quando se entra no concelho de Santarém e até ao concelho do Cartaxo é já o negro que impera. Uma cor pouco habitual na água e com um cheiro pestilento. Em muitos locais, como no Secorio, em Ponte de Celeiro, a água ganha uma espessura visível junto às margens e estagna. Poucos ou nenhuns peixes se vêem enquanto alguns resistentes lagostins agonizam junto às margens.
A Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo reconhece que na primeira semana de Setembro foi detectada alteração da qualidade da água do rio Maior e que se detectou uma situação ilegal, da qual foram lavrados autos de notícia em articulação com o SEPNA/GNR.
Feitas as análises à água em três pontos do rio Maior, a ARH conclui que a poluição registada tem influência na qualidade da água do Tejo, onde desagua no concelho de Azambuja, mas não é determinante face ao volume de água envolvido.
A ARH Tejo garante ainda que a fábrica Tomatagro, de transformação de tomate, possui estação de tratamento de efluentes que funciona durante as campanhas do tomate. Uma informação que a empresa já deu em 2009 quando surgiram problemas semelhantes no rio.
O Mirante
Eu digo que eles estão certos, mas, também há por ai muita boa gente que aproveita os tomates e os porcos para meterem tudo para o rio, sempre passa despercebido.
Quando é que a ARH Tejo, faz com que se cumpra a lei....
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